sábado, 22 de março de 2014

sozinha no céu



Às vezes não sabemos como recomeçar se não acabámos da melhor maneira. Pode parecer solitário, amargo e até assustador mas basta pensar como começámos e todos estes argumentos perdem o seu sentido. Desde sempre que estamos sozinhos, acompanhados mas... sozinhos. Aprendemos a tornar-nos independentes e voamos. Quando voamos estamos no pico da nossa vida e é da nossa escolha se queremos ser apanhados, se estamos prontos para viver de novo num cativeiro, ou se queremos continuar a voar. Por vezes vaguear no céu, pássaro único que se eleva, pode atormentar o nosso cérebro, a nossa mente, mas a mim não. Gosto de ser sozinha, sempre o fui. Gosto de me elevar no céu, de conhecer a sua imensidão, o infinito. Deslizo por entre as nuvens e contemplo os outros de longe, sem querer saber deles, sem querer entender a sua ridícula pequenez. Porque agora, eu estou no céu, não importa se estou sozinha, mais alto que o céu não se pode ir.