sexta-feira, 4 de abril de 2014

Desapareceste, desapareci

E desapareceste de novo como se nunca tivesses aparecido, como se não devesses nada a ninguém, simplesmente desapareceste por dentro desse nevoeiro de lembranças esquecidas e de sentimentos não correspondidos. Agora, penso que estou destinada a sofrer ou a ficar sem ti. Estou destinada à tua ausência que me torna mais lúcida do que a tua presença. Confesso que estar sem ti é-me mais fácil do que estar contigo. Quando desapareceste tornou-se tudo mais claro, mais calmo, mais real. Mas para que serve isso se a consciência só traz infelicidade? Queria despertar em ti o que descobriste em mim. Queria acreditar em ti sem nunca questionar o que me dizias. Queria ter contigo alguma coisa que nunca tive. É difícil sem ti. Sem ti, estou sempre à tua espera. Quando desapareceste, eu também desapareci.