segunda-feira, 5 de novembro de 2012

lua cheia



" Há muito tempo que não escrevo para ti e sinto que não tenho nada para te dizer. Já sabias como acabava a história muito antes de mim e mesmo assim sorrias descontraidamente entre cada cigarro e brincavas com os meus dedos, como se o destino fosse a coisa mais fácil do mundo. Sinto que nunca reconheces-te os meus olhos por entre os outros e que nunca soubeste o sabor do que te ia dando, a medo, porque já temia o pior. Perdeste o que não deste valor e por isso não te doeu. Mas, a mim, ainda nestas noites de lua cheia em que o frio grita pelas ruas a tua ausência, continua-me a doer. "


3 comentários:

Adriana disse...

que lindo :o

Joana disse...

adorei o excerto *

Anónimo disse...

Já me senti tão assim. Força !